Skip to content
Escassez de mão de obra no agro e possíveis soluções

Escassez de mão de obra no agro e possíveis soluções

A escassez de mão de obra no setor agro tem se intensificado nos últimos anos, pressionando a produtividade e a competitividade das empresas. Entre 2012 e 2017, o número de empregos no agronegócio caiu em média 1,9% ao ano, recuando de 19,7 milhões para 18 milhões, com retração de cerca de 5% ao ano nas contratações na agricultura.

Em regiões-chave como o Mato Grosso, 70% dos produtores relatam dificuldade para recrutar profissionais qualificados, segundo pesquisa do Imea/Senar-MT.

Essa escassez acaba refletindo nos custos de pessoal: de 2016 a 2023 a remuneração média real do setor cresceu 20,8%, enquanto a média de todos os setores brasileiros avançou apenas 4,6% no período .

Nesse cenário desafiador para o setor de RH, gestores e líderes, torna-se essencial adotar estratégias inovadoras de atração, retenção e capacitação de talentos – e a RHGestor by Sólides oferece uma solução completa para mapear competências, automatizar processos de recrutamento e desenvolver treinamentos sob medida para o agro.

Principais causas do déficit de talentos no campo

A urbanização acelerada e o consequente êxodo rural figuram entre os fatores mais determinantes para a escassez de mão de obra no agro.

À medida que as cidades oferecem mais oportunidades de emprego e infraestrutura, os jovens deixam o campo em busca de melhores condições de vida, reduzindo a renovação geracional nas fazendas. Paralelamente, o envelhecimento da população rural agrava o problema: sem sucessores dispostos a assumir as atividades agrícolas, muitas propriedades ficam sem equipe suficiente e perdem eficiência produtiva.

Além disso, crises globais — como variações climáticas extremas e impactos da pandemia de COVID-19 — criaram insegurança e deslocamentos de trabalhadores sazonais, dificultando ainda mais o planejamento de pessoal pelas empresas do setor.

Outro pilar desse déficit é a lacuna de qualificação: a agroindústria moderna exige competências técnicas avançadas — operação de máquinas agrícolas automatizadas, análise de dados de campo e uso de tecnologias como drones e sistemas de monitoramento —, mas faltam programas de formação específicos e acessíveis no meio rural.

Soma-se a isso a sazonalidade das atividades, que torna o trabalho rural instável, e as condições de emprego muitas vezes consideradas desgastantes ou mal remuneradas, afastando potenciais candidatos.

Finalmente, o déficit de políticas públicas de apoio à capacitação e à manutenção de jovens no campo intensifica a dificuldade de atração e retenção de profissionais qualificados.

Impactos da falta de profissionais na produtividade e nos custos

A escassez de mão de obra no agro gera um desequilíbrio entre o ritmo de crescimento da produção e a disponibilidade de trabalhadores. De 2012 a 2017, enquanto o efetivo no setor caía em média 1,9% ao ano, a safra de grãos avançou 45%, passando de 161 para 234 milhões de toneladas.

Esse descompasso força as operações a intensificarem a mecanização e a inovação apenas para manter os níveis produtivos, sobrecarregando a equipe remanescente e elevando o risco de falhas em etapas críticas, como plantio e colheita.

No aspecto financeiro, o custo de pessoal representa uma parcela significativa do orçamento agrícola. Em culturas que exigem maior trabalho manual, como fruticultura, a despesa com mão de obra pode comprometer até 32% do preço final recebido pelo produtor.

Para suprir a demanda em períodos de pico, muitas propriedades recorrem a contratações temporárias e pagamento de horas extras, o que, embora garanta flexibilidade, eleva os custos operacionais e reduz as margens de lucro.

Essa pressão financeira torna imperativo para médias e grandes empresas do agronegócio adotar soluções de gestão de pessoas e tecnologia — como as oferecidas pela RHGestor by Sólides — para equilibrar eficiência e sustentabilidade econômica.

calendário aberto no mês de abril no canto direito da tela e o restante da arte contém texto

Boas práticas para atração e retenção de talentos rurais

Aplicando essas boas práticas, sua empresa não só atrai talentos capacitados para o campo, mas também constrói um ambiente de trabalho sustentável, seguro e motivador — elementos-chave para enfrentar a escassez de mão de obra no agro.

Fortalecer o employer branding no campo

Construa uma imagem de empregador atrativo destacando diferenciais do trabalho rural, como conexão com a natureza, projetos de sustentabilidade e tecnologia de ponta. Use canais digitais como site, redes sociais e portais de vagas para mostrar depoimentos de colaboradores, cases de sucesso e a cultura da empresa.

Oferecer pacotes de remuneração e benefícios competitivos

Para atrair profissionais qualificados, vá além do salário-base: inclua bônus por produtividade, auxílio-transporte ou hospedagem em períodos de safra, planos de saúde e programas de qualidade de vida, por exemplo, ginástica laboral e acesso a telemedicina.

Desenvolver parcerias com escolas técnicas e universidades

Firmar convênios com instituições que formam técnicos agrícolas e engenheiros de produção gera um fluxo contínuo de estagiários e recém-formados. Promova ciclos de palestras, visitas técnicas e hackathons agro para engajar estudantes.

Implantar programas de estágio e trainee rural

Estruture trilhas de desenvolvimento que incluam job rotation entre diferentes áreas (campo, estoque, manutenção) e mentoria com líderes experientes.

Essa experiência multiprofissional aumenta a empregabilidade e reduz a rotatividade: jovens veem claro o plano de carreira dentro da propriedade.

Estabelecer planos de carreira e reconhecimento

Defina trajetórias profissionais claras — por exemplo, Assistente de Campo → Analista de Operações → Coordenador de Safra — e comunique metas de progresso.

Combine isso com reconhecimento público, mensalmente ou semestralmente e premiações por desempenho, que reforçam o senso de pertencimento e motivação. A plataforma da RHGestor by sólides automatiza a gestão de avaliações de desempenho, gerando relatórios visuais para feedbacks regulares.

Investir em treinamento contínuo e educação socioemocional

Além de capacitação técnica (uso de maquinário, métodos de cultivo), inclua workshops de comunicação, liderança e gestão de conflitos.

Funcionários bem treinados se sentem valorizados e mais propensos a permanecer na empresa.

Na RHGestor by sólides, você programa cursos online e presenciais, acompanha a adesão e mede o impacto de cada ação no desempenho individual e coletivo.

Promover um ambiente inclusivo e seguro

Adote práticas de saúde e segurança no trabalho (SST) de acordo com as normas NR-31, crie comitês de bem-estar e ouvidoria interna para queixas.

Um campo que valoriza a integridade física e emocional dos colaboradores reduz absenteísmo e acidentes.

Use o módulo de Pesquisas de Clima da RHGestor by sólides para colher feedbacks anônimos e implementar melhorias contínuas.

Capacitação e desenvolvimento contínuo: upskilling no agro

O contexto dinâmico do agronegócio exige que os profissionais estejam em constante evolução técnica e comportamental. Programas de upskilling (aperfeiçoamento de competências existentes) e reskilling (aprendizado de novas habilidades) são fundamentais para que equipes do campo acompanhem inovações em maquinário, sistemas de gestão e práticas sustentáveis.

  1. Parcerias estratégicas com entidades de formação Instituições como o SENAR-MT têm ampliado sua oferta de cursos para o meio rural, atualizando trabalhadores em uso de tecnologias como drones, softwares de gestão de colheita e práticas de manejo de precisão. Ao firmar convênios com essas entidades, a empresa garante treinamentos qualificados e alinhados às necessidades reais do campo.
  2. Plataformas de e-learning e microlearning Cursos online segmentados em módulos curtos — microlearning — permitem que colaboradores acessem conteúdos de forma flexível, no próprio celular ou tablet, logo após o término das atividades de campo. Esse formato facilita a retenção de informações e reduz o tempo afastado das operações, além de oferecer relatórios de progresso em tempo real.
  3. Laboratórios virtuais e realidade aumentada O uso de simuladores 3D e realidade aumentada (AR) em treinamentos de manutenção de equipamentos ou aplicação de insumos permite práticas seguras antes da operação no ambiente real. Esse tipo de imersão acelera o aprendizado, diminui riscos de acidentes e otimiza a curva de capacitação.
  4. Trilhas de desenvolvimento personalizadas Mapear competências específicas para cada função — operador de colheitadeira, técnico agrícola, gestor de fazenda — e criar trajetórias de aprendizado (trilhas) garante que cada colaborador receba apenas o que realmente precisa. Ferramentas como o módulo de Competências da RHGestor by Sólides integram avaliação de gaps, recomendação automática de cursos e monitoramento de resultados.
  5. Aprendizagem social e comunidades de prática Estimular grupos de troca de experiência — seja em encontros presenciais ou fóruns online — fortalece a aplicação prática do conhecimento e constrói redes internas de suporte. Mentorias cruzadas, em que funcionários mais experientes orientam novos talentos, consolidam o aprendizado e incentivam a retenção.
  6. Avaliação contínua de impactoMais do que concluir cursos, é preciso medir o efeito real na produtividade e na qualidade do trabalho. Aplicar antes e depois testes de competências e correlacionar indicadores de desempenho (tempo de máquina parada, índices de qualidade de grãos, absenteísmo) possibilita ajustes rápidos no programa de capacitação.

Ao estruturar um programa de upskilling com essas práticas e aproveitar os recursos da RHGestor by Sólides — como o rastreamento de competências, integração com LMSs e relatórios analíticos — as empresas do agronegócio garantem equipes cada vez mais preparadas, ágeis e engajadas para enfrentar a escassez de mão de obra e elevar sua competitividade em um mercado em constante transformação.

homem de camisa de manga longa xadrez, segurando um tablet com um texto ao lado e elementos roxos ao fundo

O papel da tecnologia no recrutamento e seleção agrícola

A tecnologia transforma o processo de atração e seleção de talentos no campo, oferecendo agilidade, precisão e alcance ampliado:

  • Sistemas de rastreamento de candidatos Plataformas especializadas permitem gerenciar todo o funil de recrutamento — desde a divulgação da vaga até a contratação. No agro, isso significa criar pipelines que filtrem candidatos por competências técnicas (uso de máquinas, conhecimento de defensivos) e comportamentais (resiliência, trabalho em equipe).
  • Entrevistas digitais e pré-avaliações online Ferramentas de vídeo entrevista e testes on-line agilizam a triagem, reduzindo custos logísticos em áreas remotas. Avaliações automatizadas de perfil comportamental e de fit cultural ajudam a selecionar candidatos alinhados à cultura e ao ritmo de trabalho rural.
  • Inteligência artificial e análise preditiva Algoritmos de machine learning podem cruzar dados de currículos, históricos de desempenho e indicadores de turnover para prever quais candidatos têm maior probabilidade de sucesso e permanência na função. Isso minimiza erros de contratação e reduz gastos com novas seleções.
  • Recrutamento via mobile e chatbots Aplicativos e bots de conversação permitem que candidatos rurais — muitas vezes com acesso limitado a desktops — acessem vagas, tirem dúvidas e até façam dinâmicas iniciais pelo celular. A comunicação imediata eleva o engajamento e acelera o preenchimento de posições críticas na safra.
  • Integração de dados e relatórios em tempo real Dashboards específicos para o agro reúnem métricas como tempo médio de contratação, custo por vaga e taxa de aceitação de ofertas, permitindo ajustes rápidos na estratégia de sourcing e alocação de orçamento.

Como a RHGestor by Sólides resolve o desafio da escassez

A RHGestor by Sólides reúne um conjunto de módulos pensados para atender às particularidades do agronegócio, atuando em três frentes-chave:

  1. Mapeamento de competências: Por meio da plataforma, é possível aplicar 7 testes comportamentais e o Profiler, metodologia comportamental exclusiva da Sólides;
  2. Automação de processos de recrutamento: Conte com um portal de vagas próprio para a captação de currículos, vinculado a um Banco de Talentos e acompanhe todo o progresso dos candidatos no processo seletivo por meio de um funil de recrutamento integrado com inteligência artificial e comportamental.
  3. Treinamentos e desenvolvimento sob medida: Crie trilhas de treinamento personalizadas para cada cargo e acompanhe o desenvolvimento dos colaboradores.
  4. Analytics e decisão orientada por dados: Confira diversos indicadores de desempenho e performance do seu RH e tenha acesso a um benchmarking de práticas de RH para alinhar sua estratégia às melhores referências do mercado.

Com essa abordagem integrada, a RHGestor by Sólides não só mitiga os impactos da escassez de mão de obra no agro, mas também promove um ciclo de valorização e engajamento dos colaboradores, resultando em equipes mais preparadas, estáveis e alinhadas aos desafios atuais e futuros do setor.

Agende agora mesmo um diagnóstico clicando aqui e fale com um especialista.

Compartilhe

Redatora e líder da área de Conteúdo da RHGestor by Sólides, onde atua há mais de três anos. É formada em Comunicação e Multimeios pela Universidade Estadual de Maringá, com experiência em produção de conteúdo com foco em SEO. Lidera a criação de materiais ricos, blogposts e eventos online voltados para a área de Gestão de Pessoas, em especial, para médias e grandes empresas.

Pesquisar Matérias
Back To Top